O dia do Manifesto

09-03-2009 06:46

           No dia 20 de Março de 2006, um jovem escritor, chamado: Hiago Rodrigues Reis de Queirós, foi convidado a dar uma palestra para três classes de alunos de teoria literária, na junção colaborativa entre as faculdades: UEPG, CESCAGE e UFPR. Na ocasião, Hiago foi convidado a comentar sobre sua peculiar forma de compor literatura, onde não defendia nem aos pobres e oprimidos e nem às classes mais bem-sucedidas da sociedade atual.

          Na verdade, o intuito desta palestra era o de complementar a mesma matéria que estava sendo estudado nas três classes: O Realismo, que ficou evidente na literatura do jovem autor sim, mas como característica singular: a de não ter lado posto, transformando então esta (para os acadêmicos presentes) numa literatura e também numa concepção de arte impossível, inviável por não ter a quem se assemelhar; em outras palavras: não se fazia arte para ninguém.

          Hiago Rodrigues Reis de Queirós, então com 16 anos, explicou aos alunos e professores, que o principal objetivo da até então "forma com a qual ele escrevia" era o de pôr à dicussão sempre os dois extremos da história, mostrando então um herói que não é herói e um vilão que também não é só vilão, mas que é também uma vítima deste herói.

          O choque foi imenso ao ponto do escritor não poder terminar sua palestra a tempo, pois, na ocasião, foram respondidas mais de 42 perguntas a respeito, sendo uma delas a mais interessante, gravada em três partes por um dos alunos presentes. Esta questão tratava da visão político-filosófica do Realtragismo, dizendo as tragédias serem um descaso à realidade alienada que vem vivendo as pessoas dos grandes centros urbanos.

          O Realtragismo foi formado ali, ainda naquela já discussão, quando fizeram uma breve pausa na palestra para acalmar os ânimos... e o Escritor voltou em instantes à mesa com quatro folhas de papel nas mãos, recém-escritas, e antes mesmo de todos estarem em seus lugares, começou a ler. Era o Manifesto Realtragista, fundando a Arte Provocativa e o apelo ao repensamento dos valores humanos.

          Ao fim da leitura do Manifesto, todos os presentes aplaudiram durante um longo tempo, mas poucos entenderam o que ele queria dizer para o além da literatura.

          Filósofos se interessaram pelo assunto, mas deram-no como demasiado complexo para ser estruturado na atualidade, deixando somente que o tempo legitimasse o Realtragismo como algo realmente necessário e explicável da realidade atual.

         Vários artistas mostraram-se Realtragistas, pedindo para que seus nomes fossem assinados ao Manifesto, mas o Hiago analizou artista por artista e se deu conta de que tinha criado um movimento artístico no qual artistas desafortunados poderiam se aproveitar para fazerem sucesso e acabarem deturpando o conceito Realtragista. Por isso, uma medida pelo autor foi tomada: A de que todo artista que se dissesse Realtragista, antes, deveria apresentar o seu argumento, e não só a sua assinatura, mostrando os motivos de sua arte, de maneira geral, se encaixarem ao Realtragismo, quem tem basicamente quatro pontos caracterísiticos:

* Na históia, as tragédias são fenomenais, ou não são causadas por um personagem que está em deliberação.

*Um qualquer gesto que convide o recpetor à reflexão, e não só à zombação ou opinação, de seus valores tem de estar "explícito".

*O homem tem de estar posto de forma crua, sem eufemismos nem egocentrismos, podendo-se usar o contra-ponto do neurotismo, onde exagera-se certas pesonagens para marcar dois ou mais extremos.

* Não pode exisitir uma epicidade unânime, como reforçamento de heróis, ou defenção de somente um dos antagônicos. Sempre mostrando o lado mais extremo de cada parte, chocando-se à outra de forma que provoque a reflexão, e não mais a indução do receptor da arte a convir com tal lado da história.

       Disso, aconteceu foi de haver obras Realtrágicas, mas não artistas completamente Realtragistas, como são: Hiago Rodrigues Reis de Queirós, Miriam Braga e Maximilian Cals; o que mostrou ser o Reatragismo uma forma de se fazer arte, mas ainda não um verdadeiro movimento artísitco.

       Por isso organizamos o site Realtrágico para que nós: os alunos presentes naquela palestra, e os muitos outros que também assistiram à mesma, mas em outras faculdades, pudessem discutir quais são as obras Realtragistas ou não, e reunir num só lugar tudo o que conseguirmos a respeito.

Por mês, chega-nos vários tipos de discussões sobre artistas e obras, que analizamos uma por uma, junto com os publicantes da Teoria Realtragista, e assim identificamos o crescimento - ou o decrescimento - deste movimento artístico originado de uma forma de se compor arte.

Esperamos ter sanado algumas dúvidas a respeito do Realtragismo. Admitimos que não o conhecemos tão bem como seu fundador, que a propósito, se dispõe a discutir o assunto com qualquer interessado, e por isso deixou-nos este e-mail: hiagorrdequeiros@hotmail.com, para que todos possam tirar suas dúvidas.

 

Muito obrigado.

 

Fabrício Pereira da Costa.

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