Realtragismo Analítico

(Desenho de: Higo R.R. de Queirós).

              A teia de tramas mostra a inter-relação entre personagens, onde cada linha é o que representa sua existência na história, mas que todas as linhas vão se dividindo, ao mesmo tempo em que volta de encontro com sua origem, revoltam-se nela e abrem outra nascente de história, e no fim, se mostram na origem, como semelhantes, e até partes dela.

 

 

             Uma personagem vai ao extremo de sua existência, mas ao ir, existiu, e essa existência implicou vários outros existires, o que desencadeou um efeito semelhante ao seu, ou seja: várias existências indo ao seu extremo, para lá se encontrarem e enfim, se perguntarem de sua origem, mas isso só o fazem quando não há mais aonde existir além de si na história.

 

 

             Assim, uma personagem começa a se definir, ou a ser definida; e ao ser descrita, vai ganhando existência, mas para que isso aconteça, tem de existir o de em volta, e o desencadeamento deste em volta libera uma cadeia de existências, que depois de totalmente definida e descrita, acusa --- por já estar formada --- de onde veio e o motivo de ter vindo a existir, e isso só se obtém indo-se de encontro à origem.

 

 

E o que difere?

             Na ficção própria e em si, seja na narratória ou na mera apresentação dos fatos, postos em sequência ao modo de se entender melhor contexto e sem compromisso com essa ordem, o que se preza é somente a sequência, o seguimento da história; ou seja: uma personagem brota e existe, e sim, sua existência vai desencadeando várias outras existências, que são apresentadas apenas se interessarem no contexto; mas, quando chegam à resolução geral de sua existência, que é a descrição perfeita de quem conta, o que se tem aí, são somente dados para “pintar”, ou até materializar certo personagem, para que assim a história “se siga” mais clara.

 

 

            Na teia Realtragista, quando se descreve totalmente certa personagem, o que fazer a partir daí é a diferença, pois quando se chega ao extremo da linha, faz-se uma análise panorâmica do desenvolvimento de todas as linhas, e assim, nota-se uma “realidade”, um meio de estar daquelas personagens; e mais, volta-se à origem, que é a tragédia. E daí começam as interrogações a respeito da moral desta personagem, onde surgiram a antítese - um vilãoo ou alguém que erra sem saber - que causará outra tragédia a ser discutida.

 

           Sim, a tragédia é a origem, e como que começando do fim, a vida e o existir do tragificado é o que caracteriza a linha. Mas, se observarmos num grau maior: a tragédia, é o fim do contexto, o que nos diz que para que haja esta tragédia, é preciso haver outra relacionada, mas outra não-somente, e sim, uma rede de tragédias, ou como definimos: uma uma Realtrágica, uma “rede de redes inter-ligadas e originadas de conceitos reais, onde montam-se as atitudes humanas, provocando o receptor desta determinada a tomar suas concluões, não mais só na arte, mas na vida".

  Por isso pensamos o Realtragismo como uma vertente filosófica do Existencialismo e não só uma vertente artísitca do Realismo.

 

 

                                          Maximian Cals, escritor e Ermínio Chagas de Morais, Filósofo e Poeta.

                                                                                      02 de setembro de 2007.

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